27 maio

UNIP – Ganho de escala na produção em massa de vídeo aulas, com experiência de uso perfeita para estudantes de mais de mil polos de EAD no Brasil e até no Japão

As vídeo-aulas foram sempre consideradas uma ferramenta de ensino importante para o grupo UNIP-Objetivo, que hoje tem o ensino a distância como um dos pilares de seus negócios, com mais de mil polos de EAD em todo o Brasil e até no Japão. Produzindo de seis a oito mil vídeo-aulas por ano, o UNIP-Objetivo contou com a parceria da Microsoft e da ITCore para a distribuição, produção e legendagem automática desses vídeos, utilizando recursos de Inteligência Artificial e mecanismos de aprendizado de máquina para transcrição e tradução automática das legendas para cinco idiomas. Uma série de soluções Microsoft, como Azure Cognitive Services, Azure Media Services, Microsoft Video Indexer e Azure Logic Apps foram combinadas para proporcionar uma perfeita experiência de vídeo ao aluno. E a instituição ganhou em escala, economizando tempo e dinheiro em volumes significativos.

A Instituição

O Grupo UNIP-Objetivo é o terceiro maior grupo educacional do Brasil, atuando desde o ensino infantil até doutorado. Conta com cerca de 750 mil alunos em diferentes unidades: 28 campi próprios da UNIP, 10 unidades próprias de colégio, 48 faculdades associadas, 1.200 polos de ensino a distância no Brasil e mais um polo do Japão.

 O desafio

Popularizar o vídeo como objeto educacional, atendendo a mais de mil polos de educação a distância, inclusive no Japão

O objeto educacional “vídeo” esteve sempre em pauta como uma ferramenta importante de ensino, historicamente utilizada com frequência pelo UNIP-Objetivo. O volume de vídeos produzidos – somando aproximadamente 60 mil horas de vídeo-aulas – era hospedado em ambiente próprio, o que além de demandar capacidade de armazenamento, envolvia uma série de problemas inerentes ao data center, como instabilidade de links de internet e quedas de energia, além de exigir uma equipe trabalhando 24×7 para monitorar e assegurar a disponibilidade desses conteúdos, essenciais à educação a distância.

E essas vídeo-aulas precisavam ser entregues em distintas plataformas, como tablets, smartphones e computadores de todo o tipo, e, também, por meio dos mais diversos browsers. O diretor de tecnologia do Grupo Objetivo, Marcello Vannini, relata que todo esse processo, obviamente, era bastante penoso para o time da instituição, que, além de tudo, se confrontava com uma difícil situação, tendo que escolher que tipo de aluno seria prejudicado ao receber o vídeo. Ele explica:

“Pensando no território brasileiro, com diferentes realidades de conexão, eu tinha que fazer uma escolha complicada: penalizar os alunos dos grandes centros, com acesso a bandas de Internet mais satisfatórias, entregando a eles um vídeo de menor qualidade, porém compatível com o tipo de acesso existente em regiões remotas; ou penalizar o aluno dos centros mais distantes criando vídeos de alta qualidade”.

Vannini aponta, ainda, a questão da acessibilidade:

“A gente grava por ano de seis a oito mil aulas novas. Como é que você coloca isso numa escala de produção, gerando legenda para contemplar os alunos que têm deficiência auditiva? E em múltiplas línguas, para os alunos que vêm de intercâmbio para o grupo, nas mais diversas de nossas unidades de negócios?”

A solução

Nuvem + Inteligência Artificial + Aprendizado de Máquina = automação de legendagem com tradução para cinco idiomas, e entregas em taxas compatíveis com o dispositivo de cada aluno

“O que é que a gente fez? O nosso primeiro movimento foi pegar tudo isso e jogar para a nuvem, para o Azure. E a própria plataforma ajusta a entrega do vídeo na melhor taxa e formato correspondente ao dispositivo de quem estiver consumindo esse conteúdo”, diz Vannini.

A nuvem representou um grande passo também no que toca à disponibilidade, mantendo o material em cache em pontos de presença (PoPs) distribuídos geograficamente de modo a propiciar mais velocidade de acesso, e consequentemente eliminando problemas de lentidão decorrentes da distância entre emissão e recepção do conteúdo.

A ITCore desenvolveu um App no Azure que automatizou o processo de encoding e transcrição das vídeo-aulas. Basta carregar o vídeo pelo app, e a produção acontece sem intervenção humana, proporcionando agilidade e reduzindo problemas operacionais.

Também com o apoio de desenvolvimento da ITCore, foi automatizada a transcrição da fala como legenda, com os recursos de “speech-to-text” de inteligência artificial do Azure que, combinados a machine learning, refinam, cada vez mais a acurácia do processo de transcrição de fala para texto.

A utilização de API do Azure Cognitive Services permitiu também a tradução automática para cinco idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão e japonês, e, em breve, também para o mandarim. E com recursos de machine learning incorporados com o trabalho da ITCore, as traduções vão se aprimorando cada vez mais.

Os benefícios

Ganho de escala, com economia de tempo e dinheiro

Todo o processo de colaboração com a Microsoft trouxe enormes benefícios para distribuição e para a produção das videoaulas do grupo UNIP-Objetivo.

Em particular, houve um enorme ganho de tempo e de recursos com a automação das legendas, que, graças ao aprendizado de máquina, se tornam mais acuradas, diminuindo cada vez mais os esforços de revisão no processo de legendagem.

“A evolução dessa plataforma foi o trabalho que a ITCore fez com a gente para que a plataforma aprendesse. Imagine o mesmo professor gravando 10, 15, 20, 100 aulas, durante um ano. Se eu tiver uma plataforma que aprenda como aquele professor fala, qual o sotaque, quais os vícios de linguagem que ele tem, o meu trabalho humano, na ponta, diminui muito com a parte de revisão de legenda”, comenta Vannini.

Ele comemora a solução encontrada, que, em suas palavras, “gerou um ganho de escala grande, e com economia de valores significativa. Agora a gente consegue efetivamente popularizar o uso de vídeo, com legendas e para múltiplas mídias”.

 

 

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